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Colete ortopédico

O colete ortopédico é indicado no tratamento conservador da Escoliose Idiopática do Adolescente quando o ângulo Cobb da curvatura da coluna encontra-se entre 25o e 40o-50o. O tratamento consiste no uso de uma órtese corretiva por um período de tempo específico, geralmente, até que o/a adolescente atinja a maturidade esquelética.

O principal objetivo terapêutico é interromper a progressão das curvas de escoliose. O mais frequentemente indicado é o uso de órteses rígidas, que devem ser usadas em tempo integral (20 a 23 horas por dia).

A classificação mais simples dos coletes baseia-se na região anatômica em que a órtese atua: cervical (C), torácica (T), lombar (L) e sacral (S). Usando este sistema, duas famílias principais de órteses são classicamente utilizadas:

  • CTLSO (Órtese Cérvico-Tóraco-Lombo-Sacra)     
  • TLSO (Órtese Tóraco-Lombo-Sacra)   

Existem também outras indicações e tipos, como o colete rígido noturno (8 a 12 horas por dia) que se utiliza principalmente para dormir, o colete suave representado pelo SpineCor, e os coletes rígidos de meio período (12 a 20 h por dia) usados principalmente fora da escola e para dormir.   

Na última década, o colete Rigo Chêneau, um TLSO com correção 3D, vem ganhando destaque devido às publicações científicas sobre a sua efetividade no tratamento da EIA, dentre elas destacam-se: Ovadia et al, 2012; Rivett et al, 2014; e Minsk et al, 2017 (referências completas em Bibliografia).

Colete Milwaukee 

O colete Milwaukee, criado na década de 1940 nos EUA, foi muito utilizado no tratamento de escoliose. Embora desde a década de 80 não se prescreve mais nos EUA e em diversos países da Europa, ainda é muito utilizado no Brasil. Mais da metade dos coletes produzidos atualmente pelo SUS são desse modelo.

Além da baixa adesão dos paciente, visto que incomoda e esteticamente é desagradável, o seu efeito no plano sagital da região torácica produz ou acentua a hipocifose, efeito conhecido em inglês como “flat back” (GRIVAS et al, 2016), o que biomecanicamente é desvantajoso, já que é reconhecido por vários pesquisadores como um fator que incrementa o agravamento da escoliose (FAZDAN e BETTANY-SALTIKOV, 2017).

Bibliografia